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Foto do escritorIsabela Lima

Você sabe o que é Antropologia? Sabe como ela infere nas políticas públicas para com os indígenas?


Você sabe o que é antropologia? Você sabia que ela é uma ciência de extrema importância para a criação de políticas pública visando as comunidades indígenas?


Vem conhecer com a gente esse ramo das ciências humanas e como ela pode atuar nas diversas áreas da ciência, inclusive em políticas públicas!



O significado da palavra Antropologia vem do grego, sendo "anthropos" (homem, seres humanos) e "logos" (razão). Trata-se da ciência que estuda os seres humanos em suas diversas organizações sociais e culturais no espaço e no tempo. Praticada desde a antiguidade, o saber antropológico era presente através de cronistas, viajantes, missionários e comerciantes que se deslocavam por territórios desconhecidos e traziam consigo relatos orais ou escritos de contato com outros povos. A antropologia só foi considerada ciência com métodos e conceitos definidos no século XIX.


A área de estudo de tal é vasta; a antropologia transita e atua em diversas áreas. Pode ser dividida em dois grandes grupos de estudo: Antropologia Biológica ou Física e Antropologia Cultural. A primeira estuda os aspectos genéticos da humanidade, como as "raças" humanas. Teve grande ascensão no séc XIX, com estimulo da teoria evolucionista de Charles Darwin. A antropologia cultural se debruça sobre questões dos sistemas simbólicos, como religião e comportamento. Esta, é intimamente ligada a psicologia.


Para além destas duas grandes áreas, há também diversas correntes teóricas que são aplicadas sobre o trabalho de campo dos antropólogos. São algumas: antropologia difusionista e antropologia aplicada; é através da antropologia aplicada que se definem políticas públicas para a preservação da cultura indígena, por exemplo.



Ilustração por Anna Catharina Nascimento



Hoje, vamos mostrar o trabalho da antropóloga Artionka Capiberibe, que foi diretora do Centro de Pesquisa em Etnologia Indígena (CPEI), no biênio 2017-2019 e Vice-Presidente da Comissão Assessora de Inclusão Acadêmica e Participação dos Povos Indígenas (CAIAPI).



Conheça a Antropóloga Artionka Capiberibe


Artionka Manuela Goés Capiberibe é graduada em Ciências Sociais pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP); Mestre em Antropologia Social pela mesma Instituição e Doutora em Antropologia Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Atualmente, é professora do Departamento de Antropologia da Universidade Estadual de Campinas.


É vinculada às linhas de pesquisa "Etnologia" e "Natureza, Cultura e tecnologia" do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social e à linha "Estudos sobre Patrimônio Cultural e Memória Social" do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais. Desde 1996, desenvolve pesquisas de campo entre os Palikur, população indígena das Terras Baixas Sul-Americanas, que vive na região da fronteira Brasil/Guiana francesa. Seus interesses de pesquisa abrangem os seguintes temas: cosmopolíticas indígenas, relações entre as populações indígenas e o Estado brasileiro (legislativo, executivo e judiciário), fronteiras, migrações, questões de desenvolvimento local, patrimônio cultural intangível e cristianismo entre populações indígenas.



Artionka Capiberibe (Foto de Gustavo Rossi)


Em 2008, a antropóloga teve seu livro "Batismo de Fogo: os Palikur e o Cristianismo" indicado ao 50º Prêmio Jabuti, a obra ocupou o 5º lugar dos finalistas na categoria melhor livro em Ciências Humanas.


Artionka também participou da elaboração da obra "Os Índios na Constituição (Ateliê Editorial, 2019)" Os estudos que resultaram no livro foram apoiados pela FAPESP por meio do projeto “O capítulo ‘dos índios’: direitos, história e historiografia (1988-2018)”, coordenado por Dias.


Ambas obras abordam assuntos relacionados a comunidades indígenas. Em sua publicação solo, Carpiberibe explora os âmbitos acerca da evangelização dos povos Palikur, adeptos da língua Arawak, localizados próximos ao rio Urukauá, em ambas margens. Tal povo, há mais de três décadas são adeptos da religião pentecostal. A antropóloga possui vasto trabalho de campo com os citados, e disserta sobre as imposições religiosas para com tais sob o convívio com os não-índios.


Em sua obra conjunta com a professora Camila Loureiro Dias, "Os Índios na Constituição", as autoras trazem depoimentos de pessoas que exerceram papéis importantes na definição dos direitos indígenas na Constituição.


Os estudos da Antropóloga são extremamente necessários para a implementação de políticas públicas aos povos indígenas, que sofrem recorrentes ataques de grandes mineradoras e latifundiários.



Ficou curiosa (o) sobre o trabalho da antropóloga?





Fontes: Lattes, Funai, Fapesp, CPEI, IFHC Unicamp e Scielo.








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