Às paleontólogas, futuras estudantes e pessoas que queiram conhecer o mundo da Paleontologia.
No sentido literal o termo é formado pelo prefixo grego "palaios", que significa antigo ou velho, e pelo sufixo grego "logos", que significa estudo.
É uma área científica ligada a Geologia e a Biologia, que se dedica ao estudo do passado dos seres vivos e vegetais, como eles eram fisicamente e biologicamente no período pré-histórico do planeta e como evoluíram.
"Mas pensei que tivesse a ver com dinossauros"
E tem! Como o principal instrumento de estudo da Paleontologia são os fósseis e as marcas que eles deixam no solo e nas rochas, as espécies já extintas do planeta são o maior alvo de pesquisa, devemos aos cientistas dessa área tudo que se sabe atualmente sobre os dinossauros.
Existe um curso?
A maioria das profissionais que atuam ou pretendem atuar na área se graduam em Ciências Biológicas ou Geologia, já que nenhuma faculdade brasileira oferece o graduação em Paleontologia, mas algumas delas possuem especialização e linhas de pesquisa:
Universidade Federal da Bahia (UFBA)
Universidade Federal de Goiás (UFG)
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
Saiba mais em: Sociedade Brasileira de Paleontologia
Por terem nomes parecidos, é comum que as pessoas confundam a profissão com outras áreas, então segue a explicação:
- Antropologia: área das ciências sociais; estudo do ser humano.
- Arqueologia: estudo das civilizações históricas através de objetos preservados;
Entre várias outras "logias" que temos.
Mercado de trabalho & desigualdade de gênero
O principal ambiente de atuação são os laboratórios e centros de pesquisa, mas podemos encontrar paleontólogas em museus, empresas relacionadas a Biologia e Geologia, parques paleontológicos e em consultorias e assessorias na área.
Infelizmente, assim como em vários campos de pesquisa, na paleontologia há uma diferenciação em relação a homens e mulheres. Em um relato ao Mulheres na Ciência, a paleontóloga Lucy Gomes registrou as dificuldades da profissão, sendo uma mulher trans em um ambiente tradicionalmente masculino:
"O tratamento diferenciado começa com coisas ditas como inofensivas como as boas e velhas piadinhas de laboratórios que pregam que mulheres devem arrumar o espaço, fazer café, servir aos homens ou como os homens são melhores quando se trata de matemática."
Isso reafirma que a luta pelos espaços e pelo direito de ser respeitada em qualquer ambiente é constante. Estamos juntas.
Avante, paleontólogas!
Fontes: Arqueologia e Pré-História; UFRR.
Millena tem 16 anos, é redatora ElaSTEMpoder e estudante de técnico em Informática, mas com o coração nas Ciências Humanas. Adolescente "modinha" fã de Marvel e Harry Potter e mineira apaixonada em pão de queijo com café a qualquer hora do dia.
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